Não sabia, nem desconfiava, a liberdade que ía sentir ao sair do Facebook.
Bom, esclareço que saí do dito cujo porque 1) já andava farta
disto, 2) fiquei preocupada com um episódio assustador, com um
stalker, que aconteceu à minha querida R., 3) andava saturada da falta de noção que algumas pessoas têm do nível de partilha e exposição que têm ... e que me aflige. Mas acima de tudo, andava a sentir-me uma
voyeur; embora tivesse diminuído a frequência de idas ao dito cujo,
dava por mim a ver as fotografias que as pessoas publicavam e daí a ver quem eram os amigos identificados nas fotografias e sentia-me intrusiva. E de facto, saía das visitas ao dito cujo com dores de cabeça, de gerir tanta informação em tão pouco espaço de ecrã e em tão pouco tempo ...e por isso decidi sair...
O que eu não imaginava é que de facto os dados pessoais são um valor - e que a partilha dos mesmos significa controlar menos um bocadinho de mim ... e que desligar foi um alívio, e que me parece que deve ser uma amostra do que é viver sem telemóvel.
Vou começar a praticar isto de andar sem telemóvel ... uhm se calhar começo por trocar o blackberry por um telefone sem e-mail ... ui ai, será? conseguirei? talvez não. Bom se tiver que ser, será naturalmente, tal como aconteceu com a televisão, como disse
aqui. Também, nunca pensei viver sem ver televisão e afinal, até sem o querer, acabou por acontecer e descobri que não podia ser melhor.
ps - não digo que não volto, pois já aprendi que nunca digo "nunca".